domingo, 29 de maio de 2011

Conselho - Almir Guineto

Deixe de lado esse baixo astral
Erga a cabeça e enfrente o mal
Que agindo assim será vital para o seu coração
É que em cada experiência se aprende uma lição
Eu já sofri por amar assim
Me dediquei mais foi tudo em vão

Pra que se lamentar
Se em sua vida pode encontrar
Quem te ame com toda força e ardor
Assim sucumbrirá a dor

Tem que lutar
Não se abater
Só se entregar
A quem te merecer
Não estou dando nem vendendo
Como o ditado diz
O meu conselho é pra te ver Feliz!

Frustando o desejo da minha derrota!


Depois de tudo que já foi aqui relatado sobre minha luta e vitória sobre minha doença, onde durante todo esse processo tive todo apoio da minha família, hoje me encontro isolado em meu mundo, sentindo que os mesmos que um dia me deram tanto apoio, desejam de alguma forma ver minha derrota e até mesmo frustrar mais uma vez meus sonhos. Será que foi para isso que Deus prolongou meus dias de vida? Não para me alegrar, mas sim, para satisfazer ao desejo deles? Acredito que não!!! Por isso o título escolhido, pois só prevalecerão sobre minha derrota se Jeová Deus assim permitir.

Em relação a minha irmã

Em um certo momento de dificuldade na vida de minha irmã, onde ela teve um desentendimento com seu marido e me chamou para fazer então uma proposta, de ela vender seu carro e eu vendesse minha casa para comprarmos juntos uma casa em outro lugar para então morarmos somente eu e ela. Mas preferi não vender e dei a ela a parte superior da minha casa onde a obra já havia sido iniciada para que ela terminasse de construir e assim foi feito. Passei para o nome dela todo o terreno, onde ela me garantia que somente ela viria morar na casa. Iniciou a obra onde realmente ela gastou muito dinheiro, a casa ficou linda, mas foi ai que veio a surpresa: dois dias antes dela mudar fiquei sabendo que meu cunhado viria morar com ela, não tinha nada contra ele, mesmo sabendo que ele é uma pessoa difícil de lhe dar, porém de bom coração. Mas como diz um velho ditado, que em um quintal dois galos não cantam, visto que por duas vezes eu já tinha sido agredido por palavras dentro da minha própria casa por ele. Isso tudo no meio da recuperação da minha doença, tive que suportar pois ainda não tinha forças para revidar. Ele gritou no portão"que me sustentava e que eu tinha AIDS para que todos os vizinhos pudessem escutar", quanto a eu ter AIDS não mentiu, agora o fato de me sustentar, foi um pouco demais, pois se compraram algo para mim, eu não pedi! Na hora em que estava acontecendo eu não acreditei que minha irmã estivesse a par e ao lado da atitude dele e resolvi ligar para ela, foi minha maior tristeza, ela sabia e não quis atender a minha ligação. Me senti traído e percebi que se travava a uma grande guerra. Onde o maior derrotado fui eu! Estava prestes a me batizar na Organização de Jeová, mas o fato chegou ao conhecimento dos anciãos, essa foi a primeira. Ela somente perdeu o que investiu, e que só me devolveria de papel passado o imóvel, de eu derrubasse a casa que ela havia construído. Até achei que ela estava em seu direito, apesar de dado a ela a obra iniciada. E acabei sem nada. Em cima ficou apenas a laje, e a parte de baixo com a estrutura abalada, rachadura pelas paredes, vazamentos por todo o teto, mas me senti aliviado, pois ela havia me devolvido os documentos do meu próprio imóvel. Então me pergunto: será que eu fui tão ruim, ou o acordo deixou de ser cumprido? Será que depois de dono eu passaria a morar de favor? Me sujeitando as vontades deles? Minha mãe tentava se manter neutra, porém sabia que ela era a favor da minha irmã. Nunca mais a minha relação com minha irmã foi a mesma, não podemos usar de hipocrisia, sabemos o quanto nos magoamos, mas não deixo de reconhecer o que ela um dia fez por mim, no auge da minha doença. E deixo outra pergunta: será que tudo que ela fez por mim foi pensando que iria morrer? Mais uma vez atentem para o título desta publicação, pois eu ainda não fui derrotado!

Em relaçaõ a minha mãe

Não sei se tenho direito ou se seria certo ter mágoas uma vez que se trata da minha mãe, mas tenho sentimentos e como humano sou falho. Na ocasião em que meu padrasto adoeceu eu em forma de retribuição me dediquei inteiramente a sua recuperação, mas infelizmente foi em vão. Deixei minha casa, minhas coisas e meus animais e passei todo o tempo cuidando dele e de uma certa forma da minha mãe, que se mostrava frágil, sofrendo e muito dependente de mim (não financeiramente). Até que chegou o dia que o pior aconteceu: ele faleceu. Minha mãe pediu que eu ficasse lá com ela, passamos momentos de grande tristeza, mas confiando em Jeová Deus tudo ia se superando. Fazia tudo para ela, mas essa felicidade durou pouco. Pois existe uma pessoa que não consigo expressar nome, grau de parentesco e nem de sentimento, que estragou essa união de mãe e filho. Mas não se surpreendam, pois essa não foi a única vez, mas sim a primeira. Mais uma vez estava prestes a me batizar na Organização de Jeová. Porém é impossivel lutar contra essa "criatura", pois ela tem uma "arma" poderosa que mobiliza, hipnotiza fazendo com que minha mãe esteja sempre aos seus pés (essa arma é meu sobrinho neto). O termo usado como arma não me refiro ao perigo que meu sobrinho representa, pois é uma criança linda e inocente, mas sim, a forma que sua mãe o usa. Por esse motivo deixei a casa da minha mãe e voltei para minha casa. Só que não foi tão simples voltar para minha casa, pois a debaixo estava ocupada pelo meu primo, que estava desempregado e necessitando de um lugar para morar com sua familia. E a de cima, onde morava, já se encontrava sem portas e sem janelas. E para que o sofrimento fosse maior não parava de chover, foi então a minha primeira recaida fisicamente. Perdi muito peso e me sentia mal, mas a minha mãe apesar de seus defeitos também tem suas qualidades, na verdade não sei se posso chamar de qualidade, é achar que o dinheiro tudo pode! E se sentiu no dever de me ajudar com a obra, com os móveis que por sua vez vendi para ir morar com ela, mas era notável que ela fazia tudo isso para poder reparar seu erro, pois amor havia somente para sua neta e seu bisneto. Porém mais uma vez cito o título dessa publicação. E mais uma vez me recuperei! E cheguei ao batismo.

minha segunda decepção


       minha mãe em viagem feita a Conservatória
Por motivos de interesse financeiro a "criatura" já citada teve uma grande briga com minha mãe envolvendo terceiros. Logo minha irmã por ser mãe da tal "criatura" usou seu instinto materno e a defendeu, gerando então um grande desentendimento. Minha mãe se viu só e mais uma vez foi a mim a quem recorreu. Me senti um step que ficava guardado e que é usado apenas para suprir uma necessidade ou falta de alguma coisa, tipo um pneu furado. Uma vez que o pneu é "concertado" o step volta a ser esquecido. Nesse período minha mãe reclamava e sua saúde e eu mais uma vez me dedique inteiramente a ela, não mais que minha obrigação por ser filho e agora já era seu irmão em Cristo. Forma momentos de felicidade, a saúde dela melhorou, viajamos muito e até trocou de carro, mudando de um Gol para uma Eco Sport 0km, grande evolução. Ficamos muito felizes. Até que mais uma vez a tal "criatura" entra em ação,  destrói todos nossos castelos de sonhos. Mas desta vez o mérito não foi só dela, pois minha mãe dormiu apaixonada pelo seu falecido marido e acordou querendo casar com outro, emplogada feito uma adolescente. Foi insuportável, não consegui absorver a idéia pois achei de uma imensa vulgaridade, não pelo fato de ela querer e casar outra vez, pois isso é um direito dela, mas sim por ela ser uma mulher cristã, batizada e dedicada na Organização de Jeová, se interessar por um homem do mundo, digo se interessar pois não sei o desfecho dessa história, pois senti tanta vergonha que preferi me afastar de todos e viver em um mundo que criei pra mim, minha casa. Saindo apenas para fazer compras e pagar contas, dessa vez não fui impedido do batismo, pois já estava batizado, mas pronto para ir a Servo Ministerial foi tudo por água a baixo. As pessoas atribuem o fato a Satanás o diabo, não sei se o mérito é só dele, eu também atribuo a ela e a tal "criatura". E mais uma vez cito o título dessa publicação.
minha mãe e eu em Ubatubá

Em relação a "criatura"

Essa parte você não terá trabalho para ler, pois não existe sentimento, afeição, carinho nem mesmo um nome, pois para mim se trata de uma infeliz criatura. Logo não tenho nada a expressar, a não ser meu desprezo.

Minha superação

Não quero fazer desta publicação algo que transmita tristeza para os leitores, e nem que os façam pensar que isto tenha me derrubado de uma forma irreversível, apesar do HIV, da ausência da família e do afastamento da Organização de Jeová, eu continuo vivo, esperançoso e ciente que dias melhores virão! E se alguém em algum momento de sua vida passar por algo parecido pelo que passei, lembre-se de um velho ditado: "Deus dá o frio conforme o cobertor... Nada é mais do que podemos suportar". E permanecer vivo é o que mais incomoda a quem nos quer ver derrotado.